Há alguns anos eu decidi sair do orkut. Estava cansada de colecionar "amigos" com quem eu não conversava e pelos quais eu não tinha curiosidade alguma. Nunca fui de fazer nada para parecer alguma coisa, mas sempre fiquei sem graça de recusar um pedido de amizade pelo orkut. Vai entender... na minha cabeça, seria grosseria minha.
Há alguns meses, decidi fazer parte do facebook. Decidi fazer uma viagem internacional, sabia que o site é o mais usado fora do Brasil e queria ter uma forma de manter contato com as pessoas que eu iria conhecer. Pra minha surpresa, na mesma época, o facebook começou a estourar entre os brasileiros e acabei encontrando e sendo encontrada por vários conhecidos e alguns amigos queridíssimos. Até aí, tudo bem...
O que eu gosto no site é poder proteger várias informações a meu respeito, minhas conversas e fotos. Só amigos têm acesso a tudo isso... e é o que me importa. Mas o meu jeito não é a regra... não que eu seja certa e os outros, errados. Mas, sem ser hipócrita, eu acho muito estranho todo mundo ter uma vida maravilhosa na internet. Ou estão todos mentindo, ou só eu e alguns outros mortais fazemos parte do grupo que tem uma vida real... com angústia, problemas e, claro, algumas viagens bacanas.
Mas o que eu acho mais engraçado é essa mania das pessoas tornarem públicos todos os detalhes da vida dela. Tem a fulana que posta várias vezes durante o dia, de acordo com o estado de espírito- e físico- dela : "fome, calor, preguiça, animo" ... Tem o outro que fica dando detalhes a respeito do mestrado, doutorado ou sei lá o que dele. Cada livro fichado, cada página escrita...
E chegando ao extremo, tem o terceiro perfil... aquela pessoa que está no meio de uma super viagem, curtndo sol, praia e todas as delícias de uma cidade linda como o Rio de Janeiro, Natal e outras tantas... e sempre arruma um tempinho pra postar: "será que eu tomo água de côco ou fico na caipirinha? ai ai...".
Gente, numa boa, tem alguma coisa errada nisso tudo. Porque, se a sua viagem está tão fantástica e inesquecível, pra que perder tempo ou deixar de aproveitar cada minuto, pra compartilhar uma dúvida tão crucial?
No fim das contas, é difícil não pensar em algumas teorias sobre esse comportamento de massa na internet. Será que todos os detalhes da nossa vida interessam a todos os nossos amigos, conhecidos, colegas de trabalho? Será que todo mundo vai vibrar com cada livro fichado? Com cada côco escolhido? Ou será que a vida da gente virou um vazio tão grande, que se a gente não conseguir vender pra todo mundo uma versão mais interessante dela, acaba descobrindo que ela é nada mais do que normal? Mas se você pensar bem, uma vida normal (mas de verdade) é melhor do que uma vida de aparências. E viver sem o compromisso de virar marketeiro de si mesmo é, sem dúvida, mais divertido.
Há alguns meses, decidi fazer parte do facebook. Decidi fazer uma viagem internacional, sabia que o site é o mais usado fora do Brasil e queria ter uma forma de manter contato com as pessoas que eu iria conhecer. Pra minha surpresa, na mesma época, o facebook começou a estourar entre os brasileiros e acabei encontrando e sendo encontrada por vários conhecidos e alguns amigos queridíssimos. Até aí, tudo bem...
O que eu gosto no site é poder proteger várias informações a meu respeito, minhas conversas e fotos. Só amigos têm acesso a tudo isso... e é o que me importa. Mas o meu jeito não é a regra... não que eu seja certa e os outros, errados. Mas, sem ser hipócrita, eu acho muito estranho todo mundo ter uma vida maravilhosa na internet. Ou estão todos mentindo, ou só eu e alguns outros mortais fazemos parte do grupo que tem uma vida real... com angústia, problemas e, claro, algumas viagens bacanas.
Mas o que eu acho mais engraçado é essa mania das pessoas tornarem públicos todos os detalhes da vida dela. Tem a fulana que posta várias vezes durante o dia, de acordo com o estado de espírito- e físico- dela : "fome, calor, preguiça, animo" ... Tem o outro que fica dando detalhes a respeito do mestrado, doutorado ou sei lá o que dele. Cada livro fichado, cada página escrita...
E chegando ao extremo, tem o terceiro perfil... aquela pessoa que está no meio de uma super viagem, curtndo sol, praia e todas as delícias de uma cidade linda como o Rio de Janeiro, Natal e outras tantas... e sempre arruma um tempinho pra postar: "será que eu tomo água de côco ou fico na caipirinha? ai ai...".
Gente, numa boa, tem alguma coisa errada nisso tudo. Porque, se a sua viagem está tão fantástica e inesquecível, pra que perder tempo ou deixar de aproveitar cada minuto, pra compartilhar uma dúvida tão crucial?
No fim das contas, é difícil não pensar em algumas teorias sobre esse comportamento de massa na internet. Será que todos os detalhes da nossa vida interessam a todos os nossos amigos, conhecidos, colegas de trabalho? Será que todo mundo vai vibrar com cada livro fichado? Com cada côco escolhido? Ou será que a vida da gente virou um vazio tão grande, que se a gente não conseguir vender pra todo mundo uma versão mais interessante dela, acaba descobrindo que ela é nada mais do que normal? Mas se você pensar bem, uma vida normal (mas de verdade) é melhor do que uma vida de aparências. E viver sem o compromisso de virar marketeiro de si mesmo é, sem dúvida, mais divertido.
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