Recebo mensagens diárias de promoções, lançamentos, ofertas imperdíveis que eu simplesmente deleto, antes mesmo de ler. Isso acontece há algum tempo, mas só comecei a reparar nesse bombardeamento a partir deste ano, quando decidi reavaliar meu comportamento de consumo e me abster de comprar o que não for realmente necessário.
Achei que seria um exercício difícil, mas tem se mostrado mais fácil e prazeroso a cada dia. Primeiro, porque, ainda que não consuma o supérfluo, há tanto o que comprar no dia a dia que é impossível me colocar totalmente fora dessa dinâmica. O necessário, o que faz falta, ainda ocupa muito tempo e consome muito dinheiro. Segundo, porque não anulei pequenos prazeres diários, então essa minha lista de itens básicos ainda está longe de ser composta apenas por produtos essenciais à sobrevivência. Eu cortei roupas, sapatos, bolsas, bijuterias, produtos de beleza que já tenho... Minha proposta está muito mais vinculada a comprar quando for preciso repor do que combater, com unhas e dentes, o consumo. Ao invés de acumular, quero renovar. Então, obviamente, a meta fica mais leve.
Mas voltando ao impacto da proposta - ou melhor, a surpresa que ela me trouxe - percebi que uma vez decidida e não me deixar seduzir por tantos lançamentos e liquidações, passei a simplesmente ver tudo isso sem muito interesse. É como se eu visse mas não enxergasse. Ou enxergasse, mas simplesmente não achasse atraente. E o melhor, sem sofrimento. Sem ter que passar correndo em frente às vitrines, virando o rosto pro outro lado... nada disso! Lembra muito a sensação de reencontrar alguém por quem já se foi apaixonado e descobrir, perceber que aquela pessoa não te chama mais a atenção. Perdeu o apelo, a magia, o encanto ou sei lá mais o quê.
Então, se por uma lado me sinto mais livre, por outro passei a realmente ficar incomodada com essas mensagens que citei no começo do texto. Ainda que não as leia! Mas elas entopem minha caixa de email. Ando cancelando o recebimento de cada uma - o que dá um certo trabalhinho também, especialmente quando você percebe que nunca solicitou o serviço - mas algumas empresas insistem em tornar a tarefa ainda mais complicada! Uma estratégia de conquista às avessas, porque agora criei uma certa antipatia pelas tais!
Não vou citá-las aqui pra não fazer publicidade (mesmo que negativa). Falem mal mas falem de mim? Nada disso! Meu tapa de luva é o silêncio! Aprendam a lidar com ele.
E quem sabe todas juntas, reunidas na lixeira do meu email, consigam pensar em uma postura mais inteligente e interessante pra atrair consumidores em vez de zumbis com cartões de créditos na mão?
Achei que seria um exercício difícil, mas tem se mostrado mais fácil e prazeroso a cada dia. Primeiro, porque, ainda que não consuma o supérfluo, há tanto o que comprar no dia a dia que é impossível me colocar totalmente fora dessa dinâmica. O necessário, o que faz falta, ainda ocupa muito tempo e consome muito dinheiro. Segundo, porque não anulei pequenos prazeres diários, então essa minha lista de itens básicos ainda está longe de ser composta apenas por produtos essenciais à sobrevivência. Eu cortei roupas, sapatos, bolsas, bijuterias, produtos de beleza que já tenho... Minha proposta está muito mais vinculada a comprar quando for preciso repor do que combater, com unhas e dentes, o consumo. Ao invés de acumular, quero renovar. Então, obviamente, a meta fica mais leve.
Mas voltando ao impacto da proposta - ou melhor, a surpresa que ela me trouxe - percebi que uma vez decidida e não me deixar seduzir por tantos lançamentos e liquidações, passei a simplesmente ver tudo isso sem muito interesse. É como se eu visse mas não enxergasse. Ou enxergasse, mas simplesmente não achasse atraente. E o melhor, sem sofrimento. Sem ter que passar correndo em frente às vitrines, virando o rosto pro outro lado... nada disso! Lembra muito a sensação de reencontrar alguém por quem já se foi apaixonado e descobrir, perceber que aquela pessoa não te chama mais a atenção. Perdeu o apelo, a magia, o encanto ou sei lá mais o quê.
Então, se por uma lado me sinto mais livre, por outro passei a realmente ficar incomodada com essas mensagens que citei no começo do texto. Ainda que não as leia! Mas elas entopem minha caixa de email. Ando cancelando o recebimento de cada uma - o que dá um certo trabalhinho também, especialmente quando você percebe que nunca solicitou o serviço - mas algumas empresas insistem em tornar a tarefa ainda mais complicada! Uma estratégia de conquista às avessas, porque agora criei uma certa antipatia pelas tais!
Não vou citá-las aqui pra não fazer publicidade (mesmo que negativa). Falem mal mas falem de mim? Nada disso! Meu tapa de luva é o silêncio! Aprendam a lidar com ele.
E quem sabe todas juntas, reunidas na lixeira do meu email, consigam pensar em uma postura mais inteligente e interessante pra atrair consumidores em vez de zumbis com cartões de créditos na mão?
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