Caminhava
encolhida, debaixo da sobrinha. Os passos eram lentos,
os pés
estavam machucados pela sandália nova e ensopados pela tempestade.
Andava com a
cabeça baixa, prestando atencão ao curso que a água tomava. Custei a reconhecer
o som que vinha daquele carro, estacionado bem no meio da rua.
“Você está
bem?”, perguntou a moça. O contato foi rápido, durou apenas o tempo de eu
responder e agradecer a preocupação. Sorri, sinalizando que
podiam ir embora. Ela então subiu o vidro da janela e ele arrancou.
De fato, não
precisava de ajuda. Mas confesso que o machucado no pé incomodou menos depois
de ser notada pelo casal. Gentileza gera gentileza, aconhego e conforto. Ainda
que a chuva teime em cair sobre nós.
Comentários
Postar um comentário