Não me
acostumo com a presença dela. Já a vi vezes suficientes para torná-la familiar,
mas a imagem da senhora encurvada, de passos lentos, sempre me comove.
Vejo a
fragilidade, o esforço em supercar as barreiras que o corpo lhe impõe. Encontro
no rosto dela serenidade, resiliência…ou será uma espécie de entrega?
Talvez ela
nunca se dê conta de como sua força fala alto a mim. Me toca de inúmeras
formas. Descortina um mundo que, há pouco, passei a conhecer: o de gente que
aparenta pouco, que transita com suavidade, sem fazer alarde. Gente cujo rastro
sinaliza caminhos, inspira mudanças, revela muito do que há dentro de nós, mas
que ainda não deixamos brotar.
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