Passei horas vendo as ondas dançarem. O mar estava agitado e elas, robustas, intensas. Ora se fundiam e criavam movimentos maiores, ora se chocavam pra se multiplicar. Era um jogo de ir e vir, um incessante nascer e morrer... mas por trás dessa impermanência havia o oceano, inteiro, observando a dança e deixando as ondas se expressarem. Havia também a areia, que acolhia a espuma, cansada. E se deixava levar pela correnteza. A areia também permanecia inteira, sabendo que perdia alguns grãos como parte da harmonia.
Tinha chovido na noite anterior, chovido bastante, e era visível que todo aqueles movimentos serviam pro mar se realinhar. Naquele dia ele não quis visitas ou companhias. Era um espetáculo a ser observado apenas. E foi assistindo a ele que eu me enxerguei. Entendi que eu era o mar, as ondas, os grãos de areia em movimento. Eu também tinha recebido uma tempestade e ela ainda pesava sobre mim. Mas ao me ver no mar, senti que estava tudo bem. Porque o oceano continuava ali, inteiro. Assim como eu. E você.
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Obrigada pelo texto, registro sensível da sua paz. E da possibilidade da nossa (Nazaré Bretas)
ResponderExcluirEi, Nazaré! Sim, há sempre a possibilidade da paz! Precisamos confiar e acessá-la! Está dentro de nós! Fique com ela! Obrigada pela companhia! :-)
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